Canção da torre mais baixa

Poeiras

Decrepitude

Finitude

O tempo se esvai

Entre as rugas

De alguns

Servem exemplos

De outros

Nem as atitudes

Que de velhos

Velhas manias

Que escondem de seus netos

Que dirá da companhia

De muitos de seus desafetos

Que nem a cachaça dissolve

O teor mais melancólico

Do seu hálito fétido

E por demais alcoólico

Exemplar andança e atos

Pras moscas e carrapatos

Quiçá também de muitos ratos

Que querem festejar

Dessa torre da baixeza

Aonde se nada na riqueza

Com medo de naufragar

Carlinhos Real
Enviado por Carlinhos Real em 26/09/2016
Reeditado em 26/09/2016
Código do texto: T5772833
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