Parasita

Qual o problema

Em ser um jovem poeta triste?

Digo-lhes:

Alimentar algo em si

Um peso

Um parasita

Que lhe corrói as entranhas

E, lentamente, queima o combustível

Da esperança.

Não sei se o expulso

Ou o fortaleço

Não sei o que ele é

O que o compõe

O motiva

A destruir o que permanece

De maior apreço dentro

Do jovem poeta, amargurado

Mas sei que é real

E vive

E é horripilante

Demoníaco

Mas, simbiótica se faz a relação

A ponto de

O jovem poeta desconfiar

Se o parasita em questão

O mata

Ou o deixa permanentemente vivo

Na forma de tinta

E papel velho.

Gabriel Luiz
Enviado por Gabriel Luiz em 15/09/2016
Reeditado em 09/10/2016
Código do texto: T5761795
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