Parasita
Qual o problema
Em ser um jovem poeta triste?
Digo-lhes:
Alimentar algo em si
Um peso
Um parasita
Que lhe corrói as entranhas
E, lentamente, queima o combustível
Da esperança.
Não sei se o expulso
Ou o fortaleço
Não sei o que ele é
O que o compõe
O motiva
A destruir o que permanece
De maior apreço dentro
Do jovem poeta, amargurado
Mas sei que é real
E vive
E é horripilante
Demoníaco
Mas, simbiótica se faz a relação
A ponto de
O jovem poeta desconfiar
Se o parasita em questão
O mata
Ou o deixa permanentemente vivo
Na forma de tinta
E papel velho.