DE QUEM É A DOR
SEMPRE QUE PUDER ESTAREI ESCREVENDO
DESABAFANDO MEUS CONFLITOS E PESARES,
EXTERNANDO MINHAS DORES, MEUS AZARES,
TENTANDO FICAR MAIS LEVE, MAIS AJUSTÁVEL,
CADA VEZ QUE ESCREVO DERRUBO UMA PENA
DA MINHA PLUMA DE PENARES.
ESCREVER É PARA MIM E PARA O LEITOR TERAPIA.
QUEM VÊ SUA DOR EXPOSTA NO SINGELO POEMA
SABE QUE NÃO SOFRE SOZINHO,
DE SUA DOR SE ESVAZIA.
O POETA AO TRANSCREVER SEU DRAMA EM VERSOS,
A PRÓPRIA DOR E A DO MUNDO DESAFIA.
O LEITOR ACANHADO PENSA QUE A DOR QUE DÓI
É A DAQUELE INFELIZ POETA QUE O VERSO CONSTRÓI.
O POETA AFIRMA QUE OS DRAMAS DESCRITOS POR ELE
SÃO AS CHAGAS DA VIDA QUE NO MUNDO CORRÓI.