Violada

Tormenta, a lucidez se apagou!
Na pele já ferida,
Minha carne que ardia,
Sorriso na latrina de quem me violou.

Gritos esboçam um número par,
Terror de posse em sangria,
No suor me sufocar,
Amarga violência, lenta e fria.

Não sou eu ao terminar,
Não serei se ao menos me levantar,
Pois tudo que havia aqui,
Se foi ao ato, violência sobre mim.

Deus tenha piedade, queira me amar!
Pois meu corpo não me pertence mais,
Que de posse por trinta “homens”,
Me fez um pesadelo pouco fugaz.


Dedicado a todas as mulheres.
E que o sofrimento um dia tenha fim...