Paradoxo da Loucura
Noumenalmente a alma transcende
diante da trepidante sanidade a ruir
Veja, na angústia que em ti ascende
os ossos se tornam na poeira a subir.
A tentativa de operar a própria testa
no encantamento dos versos doentes
E a besta insurge nesta ebúrnea festa
doutrinando os céticos mais insolentes.
Os ventos trazem a poesia moribunda
qual sua força causa uma dor cortante
O homem vive na sua ideologia imunda
no vazio de seu calabouço angustiante.
Não muito distante você ouve sua voz
que pede silêncio durante a dor do dia
No final das contas, vivemos apenas sós
Tamanha é a loucura que se vê sadia.