Minha Vã Pequenez
Talvez, preciso me acalmar...
Sentar...
Respirar...
Reconhecer minha tribo
Para dizer aquilo que dói...
E que ainda doerá
Mas que é necessário revelar
Chorar meus penosos segredos
Sem guitarra para me acompanhar
Sem óculos para me amparar...
Sem agressividade nenhuma
Destranco a casa e acendo meu lar
Agora eu te mostro tudo
E você consegue ver tudo...
Não tem como voltar atrás
Já não posso te dizer “não” mais
Vê agora!
Vê que tudo se organiza nesse motim!
Olha minha cama!
Olha meu guarda-roupa!
Olha essas fotos aqui, jogadas...
Reconhece-me lá?
E o cheiro?
Fede?
E o espelho?
Revela-me?
Senta também!
São muitas coisas...
Diversas forças...
E tudo para esse dia
Feche os olhos!
Faça a equação
E chegue no resultado, agora:
Eu é igual aos meus eus
Esse outro elemento...
Esse que encontrava-se escondido
Faltava isso, não é mesmo?
Só isso para revelar minha aberração
Não há mais segredos
Agora, tu és livre
E tu podes escolher:
Esquerda ou direita
Eu?
Eu fiquei com a verdade
Eu, só, vou escrevendo
E, talvez, eu nunca termine minha arte