A Sinceridade dos Fatos
Há sorrisos que são tão hediondos
Que devem manter-se escondidos
No ergástulo do pioneiro estrondo
Causados pelos males concebidos.
Há afeições vilíssimas e defeituosas
Que devem ter vida no necrotério
As condições de fato monstruosas
Fadadas no jazigo de um cemitério.
Há amores e amizades proditórios
São ideais vulpinos e antagônicos
São ideias diletantes em territórios
Invisíveis diante do futuro lacônico.
Na ignorância humana existe a paz
Finge-se acreditar na humanidade
Alivia-se a alma no leito da falsidade
Na sensação cheia que o vazio traz.