Meus Demônios - IV - Criar a Criança dos Olhos
Uma criança não deve temer o horizonte
Não percebem que ambas são janelas
Uma para o infinito, outra para a existência
Não há maior certeza que a persistência
O humano tende a absorver a experiência
As pedras são utilizadas para jogar nos lagos e mares
Não para atingirem seus diversos pares
Por jamais conceber que a prioridade
É cultivar o forasteiro em caminhar livremente
Eis que surge a voz noturna da liberdade:
Eu sou a vida e sou a própria identidade
De quem a eternidade se fez vizinha
Naturalmente, o homem simples caminha
Respeitando finalmente que a única cultura
a ser feita é a do respeito?
Não arda no fogo do próprio despeito
Seja um ser humano desfeito
de medos, rancores e temores
Nossos valores podem ser diferentes
Bastante para trabalhar nossas mentes.