ESPINHOS NO CAMINHO

Espinhos no Caminho

É impossível caminhar sobre os espinhos

e não se ferir, nem se machucar.

E não se cortar, nem se furar.

E nada sentir, nem sangrar...

É impossível caminhar sobre os espinhos

e não sentir a dor,

de sofrer por amor.

E não ver a cor, que já se desbotou.

É impossível caminhar sobre os espinhos

sem perceber que o tempo,

tão depressa passou.

E a linda flôr já desabrochou.

E a mão, outrora firme,

já se afrouxou.

É impossível caminhar sobre os espinhos

e não notar que os homens velhos, de alvas cãs,

um dia, já foram jovens, valentes e fortes.

Corriam, pulavam, sorriam e cantavam.

Mas, agora, eles estão á espera de sua morte.

É impossível caminhar sobre os espinhos

e não ver o rastro, que para trás ficou.

E não ver que a luz do sol, antes tão forte,

a qual iluminava o sul e o norte;

foi morrendo, morrendo, morrendo,

até que um dia, ela se apagou.

É impossível caminhar sobre os espinhos

E não sangrar.

E não se zangar.

E não se cortar.

É impossível caminhar sobre os espinhos

E não reclamar.

E não murmurar.

E não se enfezar.

E não rezar...

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© JUNIOR OMNI – 2016

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JUNIOR OMNI
Enviado por JUNIOR OMNI em 21/02/2016
Reeditado em 21/02/2016
Código do texto: T5550041
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