Poeter Pan
Lá vai o vate, o maluco Peter Pan,
Pra terra do nunca, que nunca acha;
Devaneando viver a eterna manhã,
Pra fugir da calma, do sol que racha...
Crescer dói, músculo, tutano e úmero,
Que, células durmam duradouro ócio;
Teme também a geleira dos números,
Além do traiçoeiro vale dos negócios...
Gente grande se apequena por demais,
Que vale serem parecidos se velhos são?
Assim que vislumbram, os idosos sinais,
Os pequenos abandonam sua diversão...
Não renunciam ao porte rústico, varonil,
São das almas sensíveis a pequeneza;
e preferem o puro existenciário infantil,
só nele vislumbram, a sonhada pureza...
Entende melhor, quem, poeta também é,
identidade faculta esse empático passo;
Enfim, poeta é assim, como o são José,
Varão que traz, uma criança nos braços...