A arte de viver e morrer
Preciso falar, preciso calar
Então escuta-me!
Há um nó apertado em minha garganta
O grito não sai
A lágrima não cai
O que fazer para receber
A mesma atenção que se dá?
Tenho necessidades a serem supridas
Tenho dores a serem suprimidas
A angústia tem tomado conta de mim, por vezes
Estou como que vivendo e morrendo
Tenho ânsia por viver
Tenho medo de morrer
Sem ter vivido o bastante
Para fazer todo o meu querer
Libertou m'alma
Que estava aprisionada
A flor que dentro de mim havia
Desabrochou
Mas desejas somente o néctar
Sem semear a semente
Ou cultivar o meu chão
Assim não quero não!
Mas como tirar este aperto no peito
Sem dizer adeus...me diga
Acho que não tem jeito não!