A VERDADE

A VERDADE

A palavra mutilada morre à míngua,

antes que o poema ganhe forma.

A poesia não se constrói de pedaços,

mas de sonhos, inteiros, vestidos de amor.

A palavra que prospera é aquela

com requinte de torrão nativo

e mesmo longe, exilada e esquecida

guarda a verdade, qual o esplendor do diamante.

A palavra que floresce é seiva viva

que não se dobra ao inverno e ao vendaval,

é água perene que garante a foz do rio.

Sem a firmeza não há chão para plantio

nem a colheita, alento de todo dia.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 24/08/2015
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