Adregado.

A saudade me têm adregado,

Aos risos na sombra extenuante,

Adargado no linho desta giza,

Das selvagens mágoas cultuadas.

Banha-me na ranhura da forca,

Nas palavras simples desta pele,

Cista a linda crisálida perfumada;

Cá, inverna-me, neste meu casulo.

Puras as asas caem de avezas,

Um nino, na luz, frente o universo,

Morais, oh vida, bem lá, tranquila?!

Surrupias meus aconchegos errantes,

Na quieta morte de minhas camadas.

E, aludas meus sopros nos verões.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 18/05/2015
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