Perdida.

Pura soa da ida tristeza!

Doída cai na incisão cruel...

Neste velcro fulo deito-me;

Em dias do amanhecer, por só!

Esta praga que se labirintas?

No ceifo trigo esparrama-me!

Sou fera perdida de abismo;

Delongas rastros das religiões.

Pelas entranhas do anjo do bem?

Sou casulo deste primor odiá;

Redada, neste meu ventre torto.

A ira que parte deste credo?

Lançam-me com a minha solidão,

Sem as parábolas do meu porvir.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 26/04/2015
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