Cassandra .

Perturba-me, ó mulher serena?

Sobre tua voz que branda o mel;

Recônditas deste teu corpo nu?

Ao declinares em minha alma!

Os terços das pétalas selvagens!

E toas, pelas crisálidas dos sóis;

Defronte aos contos de seus beijos?

Cassandra, desta minha verdade.

De zinhos que os lábios estão?

Sem oxigênios, neste palmo réu!

Do pôr-do-sol, ingrato, a dama.

De minha dor, na vida única;

De rubro, delírio gritante'

Valada, das minhas têmporas!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 20/04/2015
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