Calvário .

Há passatempo de onde venho!

Embora no longínquo caminho.

Retalho as palavras de fora;

Tendo os passos rasos na noite.

A aliança que se d'rama,

No vaso fundo das camélias;

Pelas cinzas, o verde se clama!

Todo sentimento generoso.

Ah tempo, se és meu, restarias ?

Minha alma densa debruçada.

Neste infinito labirinto!

Atordoa-me nos verduguilhos;

Nestes vergões de ensinamentos!

No simples desenho do calvário.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 13/04/2015
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