Afazeres .

Ostenta-me o revés de ver-te;

Soberba linha da seda nova,

De minhas veias neste envolto!

Soletra-me minhas indecisões.

Serás eu, à outrem nos teus seios?

Por quê, tocas no belo decesso ?

Orquídea verás, um dia só;

Frisas na vereda a cruz parda...!

Ó abelha rainha de um fel;

Em vossa colmeia sangras o zangão.

Deste teu gesto, sente o alcatraz.

Vai-te nas luas os afazeres;

Sacrificarás no chão teu pólen ?

Noturno como o fundo do mar.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 13/04/2015
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