SINAL DE VIDA
SINAL DE VIDA
Tão vã a minha caminhada
O meu olhar e minha opinião
Tão vão o meu momento
O meu tormento
O meu tolo poema
Tão cruel é o mundo
As duras realidades
As faces dos valores
Das rápidas procuras
Mas mais inútil é ficar quieto
Sem nem tentar um grito
Levantar e socar o ar
Chutar uma pedra do chão
Um resquício de suspiro
Nem que seja um olhar contemplativo
Uma nesga de sorriso
Uma derradeira esperança
Esbofetear as sombras
Por pra correr os tristes ventos
Encarar e aceitar os dias
Como quem abraça a chuva
Sentir o sol
Seu poderio
A maior de todas as majestades
A penetrabilidade da luz
Por um minúsculo orifício
Como um bilhete
Um aviso
Sinal de vida