NA CURVA DA ESTRADA
(Ps/281)


O novelo de lembranças
Espécie de solidão e conforto
Justifica certos meus encantos
Em perversa lucidez de nostalgia.

Digna das minhas saudades vejo
As folhas caindo, pálidas, ao chão
A lógica da nova estação,
Capricho silencioso de um ciclo de vida.

Navegam na desordem os sentimentos
Sem vozes, numa condição perpétua
- Que faço eu aqui?
- Inventar a vida e esquecer o que eu já vivi?

Quando pelas ruelas, floridas, ando
Atormenta meu olhar as cores, o verão...
Vejo na distância, um céu frio e azul e esbarro
Na Curva da estrada, um amor feito no chão. 

















 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 12/03/2015
Reeditado em 19/11/2017
Código do texto: T5167171
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