A VIDA DO OUTRO
A VIDA DO OUTRO
Desisti de mudar os perdidos
O destino desses desvalidos
Que não estão nem ai tão sentidos
Com meus retos conselhos vestidos
De leais sentimentos
Eu entrego de montão
Toda a minha empatia
Mas depois da devoção
Só me resta a antipatia
Então o melhor a fazer
É deixar a vida de Quelé
E cuidar da minha vida
Quem se mete na vida do outro
Esquece do seu lado
Ficar descontrolado
Não faz bem
Ninguém é pior nem melhor que ninguém
A vida que ao outro pertence
Se o tempo não consertou
Jeitinho brasileiro eu não dou