A QUEM ME MATA
A QUEM ME MATA
Luiz Poeta
Luiz Gilberto de Barros – às 11 h e 27 min do dia 1° de fevereiro de 2015 do Rio de Janeiro – Marechal Hermes
A cada vez que alguém vem e me assassina,
Eu sou teimoso, ressuscito e sigo em frente;
O meu amor é uma gota cristalina
Que se transforma – facilmente – em afluente.
Por ser ingênuo e por amar como um menino,
Brinco de sonhos, coleciono fantasias,
Choro sozinho, o desamor e o desatino,
Mas comemoro minha dor com poesias.
Sou dependente de um olhar afetuoso,
Por isso sofro quando há, num pensamento,
Algum resquício de um desejo invejoso
Ou mentiroso, feito de ressentimento.
Sou passarinho, sobrevivo do meu canto;
A dor dói tanto, quando vejo em quem consola,
Um alçapão, uma arapuca, um desencanto
E a solidão de um fundo triste de gaiola.
Abençoar é desejar o que é mais puro;
É do escuro que o que brilha, ganha vida…
Se está em Deus o melhor rumo que procuro,
Suporto a dor com meu amor, curo a ferida.
E se me se prendem num desejo insatisfeito,
Há no meu peito um novo voo que me resgata,
Pois é no sonho mais sentido e mais perfeito
Que eu rejeito a injustiça que me mata.
Direitos Autorais reservados ao Autor Luiz Gilberto de Barros - Luiz Poeta- NNRJ