Do Meu Pequeno Espaço
Cansei de prolongar papos
Discutir com quem "é" ou "não é"
Vexar com ignorantes de plantão...
O meu discurso tem sido breve
Cada vez mais reservado
Mas, alguns verbos escapolem...
Alguns ouvidos sentem meus tons
De tantas dúvidas sobrando
Hoje me concentro e cuido mais aqui:
Do meu pequeno espaço
Tenho me deixado de lado
Largando proteções úteis
Para pechinchar espaços espremidos
No entanto, eles nunca me couberam
Sem querer, deixava a casa ser invadida...
A luz da razão estaciona
Põe direção no trilho desgovernado
E o caminho, agora, é luzente
Então regresso para o meu cantinho
Acanhado, vou montando as coisas...
Ponho a escrivaninha, os quadros, às flores...
Vou (re)pondo
Escrevo aqui, acolá...
Limpo em cima, em baixo...
Rego dentro e fora...
E a casa vem ganhando mais espaço
Envolvendo-se de cheiro e forma
Ninguém (me) invade mais!
E se... assuo a quem não respeitar!
E que o mau os acompanhe!