MENINO DE RUA

No caminhar daquele menino

Culpa que o destino

Trouxe naquele dia

Em que o menino brotou

Para os piores momentos

Que sua passagem aqui

O reservou: coitado

Menino de rua-

Culpa tão pequena e quase sua!

O tempo não apaga

A triste imagem que se tem

Daquele coitado menino de rua

Culpa tão pequena e quase sua,

Mas o caminhar daquele menino

Retrata uma solidão

Que o tempo não apaga

E a culpa que o destino

Trouxera-lhe.

-Assim é o caminhar

Daquele triste coitado

Menino de rua,

Naquele dia!

Um espanto a dois

Quem sabe um pranto depois

Que a luz em chama

Dizer que se amam

Os meninos de rua

Um espanto quase total

Um pranto no canavial

São suores dos rostos

Daqueles míseros meninos de rua

Uma culpa tão sua

-Coitado menino de rua-

De nada possuir

Além de sarjetas e sargentos

Em seus magníficos pés!

(Uma culpa pequena tão sua)

Mistura de palavras pesadas

Uma cruz e uma espada...

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 25/02/2015
Código do texto: T5149628
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