Análise intrínseca

Sou feito um corpo celeste que flutua

Louco que vagueia pelas tenebrosas ruas,

Esperançoso em encontrar cura para a sua loucura

Num mundo de fúria e sem doçura

Pouca honestidade e carência de ternura

Mundo onde uns mata outros para obterem a fartura

Vivemos com o sorriso moldado, exposto no rosto

Enquanto nas profundezas do intrínseco é só desgosto

E quando feridos supostos se tornarmos em monstros

Aposto que todo homem é em si uma personagem

Que as vezes age como um selvagem

Estamos num mundo teatral

Onde a busca pelo metical torna-nos anormal

Fazendo nos peças de dramatizes e vassalagem

Ocultamos a dor na face quanto sabemos

Que vindouro é a passagem

Que leva-nos à outra margem da vida, duvida? Nada

A morte é a porta, exposta com uma única entrada.

Marllon Neves Langa
Enviado por Marllon Neves Langa em 17/01/2015
Código do texto: T5105245
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