Análise intrínseca
Sou feito um corpo celeste que flutua
Louco que vagueia pelas tenebrosas ruas,
Esperançoso em encontrar cura para a sua loucura
Num mundo de fúria e sem doçura
Pouca honestidade e carência de ternura
Mundo onde uns mata outros para obterem a fartura
Vivemos com o sorriso moldado, exposto no rosto
Enquanto nas profundezas do intrínseco é só desgosto
E quando feridos supostos se tornarmos em monstros
Aposto que todo homem é em si uma personagem
Que as vezes age como um selvagem
Estamos num mundo teatral
Onde a busca pelo metical torna-nos anormal
Fazendo nos peças de dramatizes e vassalagem
Ocultamos a dor na face quanto sabemos
Que vindouro é a passagem
Que leva-nos à outra margem da vida, duvida? Nada
A morte é a porta, exposta com uma única entrada.