Voo para a eternidade.
Marcos na história da vida,
em que a vida é um sonho eterno.
Sonho real de uma noite plácida
e a única visão possível – a liberdade.
Liberdade incompreensível a olho nu,
mas compreensível na introspecção.
E no súbito mergulho ao indivisível
ouve-se o brado irretumbante
de quem procura o ponto mais alto
desta terra hostil para liberta-se.
Liberdade indesejável a quem vive...
Morto de vontades vãs,
em que a única saída é a partida
da divisão das partes de uma parte só.
De uma parte eterna que vive
de uma outra parte que vira pó.
Pedro Barros