Meu Nada, meu tudo...
Não ti dei o mundo por não ser meu
Não ti dei tudo porque não tenho nada
Pouco menos a minha vida,
Se nem sei se estou vivo ou morto
E tampouco, o meu coração posso ti dar
Irônico, nem sei se isso que tenho é coração
Pois sei bem que isso e triste nem
Como um cristão inibido de usar a Fé
Felicidade algo que passa como o vento
Se não passasse não existiria o tempo
Como a vida quando a morte é timida
E eu sou peregrino em terras de ninguém
Se eu pudesse dar-te-ia a minha alma
Ai de mim, que sou um mero incredulo
Na existência da alma, a qual sou um cético
Caso eu tivesse alma,penso que fugiria de mim
Tudo que vivo é inverso
Enquanto muitos vivem a vida
Oh eu sou vivo a morte
E quando o mundo vive a sorte
Eu sou enfadado por secular azar
Enquanto muitos passam à dia
Oh para mim sempre foi noite
Antes te falei não sei se vivo ou mesmo sobrevivo
Ou acaso existo ou mesmo coexisto
Nunca te farei promessas por mais que me peças
Quem promete menti no que sente
Ou promete porque a promessa é pra ser prometida
Vai, de mi leva tudo que sou e nada sobra
Não há maior melancolia de um poeta
Que ser póstumo da sua obra
Ah, mas a dolência é a essência do poeta
Eu um dos quais que carrega alma sedenta.