Meu Nada, meu tudo...

Não ti dei o mundo por não ser meu

Não ti dei tudo porque não tenho nada

Pouco menos a minha vida,

Se nem sei se estou vivo ou morto

E tampouco, o meu coração posso ti dar

Irônico, nem sei se isso que tenho é coração

Pois sei bem que isso e triste nem

Como um cristão inibido de usar a Fé

Felicidade algo que passa como o vento

Se não passasse não existiria o tempo

Como a vida quando a morte é timida

E eu sou peregrino em terras de ninguém

Se eu pudesse dar-te-ia a minha alma

Ai de mim, que sou um mero incredulo

Na existência da alma, a qual sou um cético

Caso eu tivesse alma,penso que fugiria de mim

Tudo que vivo é inverso

Enquanto muitos vivem a vida

Oh eu sou vivo a morte

E quando o mundo vive a sorte

Eu sou enfadado por secular azar

Enquanto muitos passam à dia

Oh para mim sempre foi noite

Antes te falei não sei se vivo ou mesmo sobrevivo

Ou acaso existo ou mesmo coexisto

Nunca te farei promessas por mais que me peças

Quem promete menti no que sente

Ou promete porque a promessa é pra ser prometida

Vai, de mi leva tudo que sou e nada sobra

Não há maior melancolia de um poeta

Que ser póstumo da sua obra

Ah, mas a dolência é a essência do poeta

Eu um dos quais que carrega alma sedenta.

Marllon Neves Langa
Enviado por Marllon Neves Langa em 17/12/2014
Código do texto: T5072207
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