DE MINHA JANELA VEJO A VIDA...

De minha janela, vejo uma falsa chuva que cai de muito menos que um meio céu;

Freneticamente, um beija-flor vem banhar-se naquela pequena cortina d’água,

Donde saíam gotículas, formando um pequeno véu.

Não parecia ter medo, ou talvez fosse tamanho o seu desejo que parecia nem me notar,

Em suas inúmeras idas e voltas, um verdadeiro bailar...

Banhava-se sob as folhas molhadas,

Retornado a um galho, onde parecia espalhar àquelas pequenas gotas,

Em suas penas e por todo o seu minúsculo corpo,

Tinha muita pressa ou muito desejo de a água retornar.

E novamente tornava àquelas folhas molhadas,

Parecia não se cansar ou ter fome de nada mais... Além de água.

Gomes

Josegomes
Enviado por Josegomes em 21/10/2014
Código do texto: T5007108
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