Poema 49
Vejo uma nova onda muito forte
Crianças adultas, crescidas demais
Falam coisas que seus pais censuram
Estão precoces não percebem o fenômeno
Fazendo tudo que fazemos como clones
Talvez façam até melhor que nós,
Sem ver, cheios de inocência
Querendo ser como o irmão mais velho
Mal sabem o que ele faz longe de sua presença
Essas crianças são sem limites, tolamente geniais
Vivem aventuras inimagináveis
Ainda não tem ciência do que estão procriando
Como sempre fazem o que ensinamos,
Seja verbalmente ou visualmente
Apontam com seus dedos, destacando nossas falhas
Esfregando na nossa cara seu poder infantil
Mostrando que não são adultos, só estamos ultrapassados
Eles que sofreram algum abandono e ficaram cruéis
E ainda se espelham em nós como se fossemos heróis ou vilões