PERIFERIA
No alto do morro, os meninos fumam o cigarro,
As meninas fogem,
O povo assustam, é loucura, é sarro.
É tiro de espingarda, barulhos violentos,
Fecham as portas, da cidade,
É guerra, é ditadura, é sangramentos.
É homem passando mal, ninguém pra socorrer,
Os grupos somem,
E deixam de lado, deixam morrer.
É polícia em busca de criminosos, na periferia,
A sirene solta o som,
Malandro algemado, começa o dia.
O terror continua, dia após dia, já convencidos,
Dizem ser coisas da vida,
Não! coisas de bandidos.
Menino que nasce ali, vira homem mal,
Sofre a população, a família,
Mais um perdido, no mundo real.
A droga consomem os homens, brigam por nada,
Na favela, o grito de morte,
De uma vida desgraçada.
Paz ali não existe, ou nunca existiu,
Na periferia, só violência,
Nos quatro cantos do Brasil.
Autor; Gilson R. Albarracin
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