Malandro (Moleque do Brasil)
Me chamam de delinquente, vagabundo, marginal
Eles mal sabem o que sou
Estive em muitos lugares
Vaguei por todos os cantos
Conheci muitas pessoas, todas distintas
Nunca trabalho, meu serviço é aprender
Dou coisas sem pedir nada em troca
Recebo coisas que nem peço
Aprendo rápido, assimilo qualquer coisa
Isso pra mim não é inteligência
Como um amigo me disse “você é malandro garoto”
E sou mesmo, sei fazer tudo e não faça nada
Não esbanjo minha mente em cima dos demais
Pelo contrário absorvo a deles
Adoro um trago, uma birita, um pileque
Se a situação se complica sumo como fumaça
Meu cabelo é mal aparado e todo em pé
Minha roupa e surrada e esfolada
Meu calçado é todo esburacado
Minha aparência é toda desleixada
Há quem pense que malandragem é parasitar
Estão todos enganados, malandro não derruba ninguém
Vamos com neutralidade e logo damos um jeito de entrar
Não pode falar demais senão é deixado pra trás
Antes criar caso atoa sai pra fazer o seu,
Assim como fizemos o meu, o nosso, sem atrasar ninguém
Então se quiser aprender vem com a gente, te ensinamos a viver fora do mundo
Te marco e desapareço sem ninguém ver