Malandro (Moleque do Brasil)

Me chamam de delinquente, vagabundo, marginal

Eles mal sabem o que sou

Estive em muitos lugares

Vaguei por todos os cantos

Conheci muitas pessoas, todas distintas

Nunca trabalho, meu serviço é aprender

Dou coisas sem pedir nada em troca

Recebo coisas que nem peço

Aprendo rápido, assimilo qualquer coisa

Isso pra mim não é inteligência

Como um amigo me disse “você é malandro garoto”

E sou mesmo, sei fazer tudo e não faça nada

Não esbanjo minha mente em cima dos demais

Pelo contrário absorvo a deles

Adoro um trago, uma birita, um pileque

Se a situação se complica sumo como fumaça

Meu cabelo é mal aparado e todo em pé

Minha roupa e surrada e esfolada

Meu calçado é todo esburacado

Minha aparência é toda desleixada

Há quem pense que malandragem é parasitar

Estão todos enganados, malandro não derruba ninguém

Vamos com neutralidade e logo damos um jeito de entrar

Não pode falar demais senão é deixado pra trás

Antes criar caso atoa sai pra fazer o seu,

Assim como fizemos o meu, o nosso, sem atrasar ninguém

Então se quiser aprender vem com a gente, te ensinamos a viver fora do mundo

Te marco e desapareço sem ninguém ver

Thinho Ribeiro
Enviado por Thinho Ribeiro em 13/08/2014
Reeditado em 13/08/2014
Código do texto: T4921005
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