Poema 58

Abro mão de tudo que considero não ter valor

Não tem porque ficar carregando coisas sem utilidade

Existem pessoas que tem tanto amor que nunca se desapegam

Não existe motivo pra carregar fardos e acumular tralhas

No final tudo isso vira lixo

O que até ontem tinha extremo valor amanhã pode ser algo inútil

Se tenho que ir longe, com menos bagagens menor será meu esforço

Nos caminhos mais estreitos passo com facilidade

Desviando dos destroços e dos animais peçonhentos

Não terei nenhuma fragilidade encaro pronto para cair ou derrubar

Passo por cima do passado e cada vez com mais sagacidade

Enquanto, há na vida os que montam quebra-cabeças enormes

Eu pego uma peça e encaixo em qualquer lugar

Olha pra baixo e escolho onde me atirar

Caio, rapidamente levando e saio correndo com a agilidade de um garoto que foge dos pais

Thinho Ribeiro
Enviado por Thinho Ribeiro em 12/08/2014
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