Poesia morta

Sou a poesia morta que brota

agora, em novos versos...

Sou a poesia sensata que brinca

com a nefasta loucura tão bem escondida

em cada um...

Em novos versos uma poesia

que brota da morte, que fala da vida,

que só é vivida depois de sábia morte...

Sou a poesia desnuda de medos e

da mesquinha lucidez,

sou voz pura que fornece alimento as

desejosas almas tão enfadonhas e patéticas...

Sou a poesia do riso, gentil delicadeza

aos enamorados, à lua, à mata,

aos seres do encanto...

Em novos versos uma poesia

que brota da morte, que fala da vida,

que só é vivida depois de sábia morte...

Sou poesia que assusta, sou verdade

liberta de acomodadas entranhas tão sôfregas

e nostálgicas...

Sou o vômito que limpa e cura,

sou poesia morta que nasce a cada instante...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 08/08/2014
Código do texto: T4914712
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