A corda.

A corda me mostra notas sem cor, sol sustenido sustentado pela dor.

O sol nasce em dias nublados para regar a flor, e sua língua é dublada pelo indúbio dublador.

Duplo sentido é o sentimento sem sentido sem te ter o amor.

Amarelo é o deserto do teu sorriso incerto que me seca o sabor.

E eu sei saborear o teu dizer que distrai o meu dissabor.

Então me diz pra quê rimar se o nosso rio não corre pro mar.

Meu afluente não é fluente no seu paladar.

Então me beija e vai embora, chora bananeira, taca o dedo e vai embora.

Paulo LennonFA
Enviado por Paulo LennonFA em 08/08/2014
Código do texto: T4914131
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