O avesso do tapete
Não me contaram que tinha outro lado.
Fizeram-me acreditar que o belo estava por cima.
Enveredei meu olhar buscando a bondade em tudo e todos.
Eis meu pecado.
Acreditar que o tapete só tinha um lado.
Relutei contra verdades claras.
Busquei retirar mel de fel.
Limpei a poeira com o suor do meu rosto
até descobrir que era eu a poeira...
encrustada em tapete de linhas de roubo.
Decidi tirar o olhar daquilo que era fantasia
e descobri que não era eu a sujeira encardida.
Saltou-me a imagem que nunca pensei existir,
o avesso do tapete, limpo, brilhante a reluzir.
Enxerguei nele minha alma.
A dignidade me fez emergir.
Abandonei o sujo de um lado,
pra usufruir do tapete limpo que ajudei a construir.
Percebo hoje a dualidade da vida;
a face humana capaz de distorcer as imagens.
Mas descobri em meio a tristeza da alma,
que o tapete tem dois lados
e seu avesso é meu avesso de obrigado.
Não me contaram que tinha outro lado.
Fizeram-me acreditar que o belo estava por cima.
Enveredei meu olhar buscando a bondade em tudo e todos.
Eis meu pecado.
Acreditar que o tapete só tinha um lado.
Relutei contra verdades claras.
Busquei retirar mel de fel.
Limpei a poeira com o suor do meu rosto
até descobrir que era eu a poeira...
encrustada em tapete de linhas de roubo.
Decidi tirar o olhar daquilo que era fantasia
e descobri que não era eu a sujeira encardida.
Saltou-me a imagem que nunca pensei existir,
o avesso do tapete, limpo, brilhante a reluzir.
Enxerguei nele minha alma.
A dignidade me fez emergir.
Abandonei o sujo de um lado,
pra usufruir do tapete limpo que ajudei a construir.
Percebo hoje a dualidade da vida;
a face humana capaz de distorcer as imagens.
Mas descobri em meio a tristeza da alma,
que o tapete tem dois lados
e seu avesso é meu avesso de obrigado.