MOSTRANDO AO CABO VERDE O SEU TRILHO
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MOSTRANDO AO CABO VERDE O SEU TRILHO
Sou das Ilhas de Cabo Verde
Terras verdes de esperança e nome
Estou neste arquipélago verde
Porque escorraçado fui pela fome
Foi no longínquo ano de quarenta e sete
E num qualquer e incomodo cargueiro
Nunca senti Cabo Verde tão presente
Hoje Cabo Verde é tal este coqueiro
Hoje cinco de Julho é o dia da Independência
E eu que sou apenas um serviçal anônimo
Vou fazer deste coqueiro a haste da história
Onde vibrarei o destino e também o meu ânimo
Sou de muitos flagelados o rosto
De um sofrimento talvez desnecessário
E que longe e distante vive com gosto
Este marco deste povo tão necessário
Sinto que amanha a catana será mais leve
E menos penosa a saudosa saudade
E esperança da terra deixada tão breve
Para viver esta dura e cruel caridade
Agora sei que voltarei para ti um dia
E verei a bandeira que também é minha
Ao vento abraçar os homens cheios de alegria
Orgulhosos de jamais sentirem a fome que definha
Voltarei nem que seja para encontrar
A cova que me espera com orgulho
E de lá sentir a bandeira e o seu arejar
Mostrando ao Cabo Verde o seu trilho
João Furtado Praia, 08 de Junho de 2014
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Embaixador Universal da Paz - França - Genebra - Suiça - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix Delegado da U.L.L.A. em Cabo Verde