Sensoriais da Alma
Afago meu destino,
Como afago uma criança...
Com ele não uso o tino,
Deixo que prime a confiança.
Afogo minha incerteza,
Deixo a alma leve voar,
Ouso tantas proezas...
Lanço para o infinito o olhar.
Entre o luar e a folhagem
Paira sempre um segredo
A vida é sopro, é aragem...
E nós para ela, brinquedo.
Indecifrável segredo...
Verdade de ninguém!
A folhagem do arvoredo
Espalha o segredo de alguém.
Que me importa o segredo
Se em mim pulsa a alegria
E se a morte chega cedo
Deixando-me inerte e fria?!
Confunde-se o que por si existe
Com que o destino provocou,
Mas meu coração insiste...
Sou pássaro que sempre voou!