h-UMA-n-IDADE

As coisas que nem sei porque sei...

Tampouco lembro como as aprendi

O risco que corro, ao ensinar

Podem me levar a quê? Lugar?

Por além dos muros da cidade?

Além dessa indescritível maldade?

Há de haver piedade?

- Te pergunto. - Oh humanidade

De onde verte tanto fel?

Custa muito ser fiel?

Mas se vendem a pouco níquel

e é assim que aguardam o céu?

Pobre tolo sou, e crédulo

Nem tenho um quarto de século

Uso de palavreado chulo

De que valeria maior vocábulo?

Se no que digo, não prestam atenção

Se não conseguem pensar com o coração

Não se comovem com a feição

Daquele pobre cidadão

Na sua frente, estirado ao chão

Que acredite, é seu irmão

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 06/03/2014
Código do texto: T4717476
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