"JUS" À LUZ

Permita-me divagar

O coração a alma

Assim instigam.

Aos olhos perplexos

Peço perdão

Mas nas minhas andanças

Encontro meninas de tranças

Olhar de criança

Homens e mulheres que dançam

Um rico que canta

E um pobre que levanta

Seu braço forte

de Sul à Norte

Ouço o seu bravejar.

Não mais gritos

Não há mais

Nem pobre nem rico

Há mãos que se abraçam

Braços que unem

Na boca a eterna palavra

Que se não morta

Mas ainda trêmula

Entre o descaso e o radical

Soa linda firme:

- Justiça!