A PAZ QUE NÃO TENHO
Quanto mais afundo, mais raso fico.
Sobrevivo no fundo,
Fuçando a terra que é linda e larga
E acolhe a todo o mundo.
Todo o mundo que a torna amarga.
Mas eu vivo!
Vejo o céu que a mim se nega.
Não posso. Não devo ir...
Aqui na terra eu fico!
E o oxigênio que me falta,
Faz-me verme por verossimilhança.
Vejo a lua longe, alta se sobressair,
Aqui, homens de pedra. Perdidos em guerra
Que a paz não alcança!