NOVOS RUMOS
Como se sabe, naquilo que nos rodeia,
Muito arrodeia, pouco desnorteia.
E nada na vida é tudo,
Cabe, então, meditar!
São tantos lares, tantos lugares
Visitados nessa rota maluca,
E não se sabe aonde vai levar!
O mundo sempre correndo,
Sempre girando, sempre morrendo,
E não se sabe quando tudo vai quebrar!
É uma história, parca história.
Tolos selvagens sem memórias.
Alguns sorrindo, arco reflexo cultural.
Para onde vamos?
Segue o cantante reproduzindo a pergunta.
Passam-se os anos,
E a resposta lhe escapa ou não entende.
O que seremos? Que bem fizemos?
Uma vida sem lembranças!
Ao lado, inconformado,
Em depressão, choro e lamento!
O dia e a noite, ciclo infindável,
Horas escassas de reflexão.
E a vida passa, despretensiosa, silenciosa.
Enquanto isso, encravados em nossos umbrais,
Jogamos ao léu, sem piedade,
O tanto de céu que nos é dado,
Que fica carente, sem ser contemplado!
Mentes dementes, lares doentes,
Reproduzindo condutas vazias!
Redutos plenos de ódio e descaso,
Gerando filhos manietados!
Tanta coisa linda a ser revista,
Coisas e fatos, valores inatos,
Mas o que complica, na melodia,
É o mórbido caso de amor insensato!
O homem morre mundano,
Em sua casca mesquinha,
Cheia de flores, ornatos, brilhantes,
Ao largo do que um dia poderia!
Até quando, rezando, pedindo, rogando,
Mais infantes, em adultos errantes, deixarão de ser?
Até quando o fim dessa amarga vida,
Miragem deixará de ser?
Novos rumos e metas urgem.
E, nesse entretempo, o que resta ao poeta?
A pena e a tinta, e a força divina,
Para não enlouquecer!