Reflexão da Ausência.
 
22set2013.
 

 
 
Meditei num meditar profundo!
Profundamente além do mundo
Ausente a voar um ermo mudo
Sem fim, sem selo, sem elo.
Da mente, do silêncio, do quase tudo,
Entre a ficção de rosas e orquídeas
D’um lago vítreo serenado e belo!

 
Aquém-sombras d’um derredor pérfido
Ao sabor do transe, um gosto de inferno.
Era eu o centro, o centro era o eu.
Nas constelações, no Sírio, nas Andrômeda.
No limiar do espaço e do universo terno

 
Na solidão intolerável do desviado lúmen
Uma folha seca e desapegada desprendida,
Fere o espelho d’ água e toda a calma fendida
Nas ondas e ondas ao se desfazerem perdida,

 
Incididas do impulso à superfície d’alma nua
Aos vórtices na negra margem sucumbem
Frequências intermitentes esfriam e morrem
Na água da vida, um raio de sol imo, flutua...
 
 
Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 22/09/2013
Reeditado em 24/09/2013
Código do texto: T4492816
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