COM AFETO...
Querida Jaci,
permita que te chame de querida
uma vez mais,
permita que eu veja essa lua que adoro,
permita que eu seja querido
e more de novo em seu coração,
que ainda exista a trilha que nos encontrou
e as aventuras que vivemos ainda sorriam,
permita que os últimos dois anos sejam mentira
e eu não perca mais um segundo de sua presença,
permita ouvir música contigo
e descobrir artistas que sem ti não ouviria,
permita que eu aprecie teu silêncio
e tuas reprimendas cheias de carinho,
permita que eu esteja ao teu lado
acompanhando tua ascendência
e ver o amor destes lábios de borboleta,
permita pular contigo, ser espremido
pela energia de uma multidão,
permita eu que lhe fale novamente
que eu escrevo essa poesia
com a esperança do meu coração estar presente
com as palavras que não sei dizer,
com a fé que te alcance este pedido
do mesmo sentimento que tive
quando escrevi o meu primeiro verso:
transpor o que de força própria não consigo,
ir além das barreiras que separam,
é meu único sentido de ser poeta
e só posso crer que um dia vais ler
e me permita. Do mais sincero,
Diego.