O MUNDO SOMBRIO DAS TORMENTAS INTERNAS
Assim como um furacão, forte e arrasador;
Minha mente se comporta, com escuridão e temor;
Assim como um mar em meio à tempestade;
Meus sentimentos se afogam, em meio a tanta maldade;
O mundo não é dos fortes, ou dos espertos;
O mundo sequer se importa com aqueles que têm zelo;
A bondade some, a felicidade se esvai;
O sentimento de culpa toma conta;
No momento em que você cai;
Ao cair, ficamos estáticos;
Ao cair, nos paralisamos em meio a dor;
Ao cair, sentimos rancor;
Sente-se a culpa em ser desprezado;
E se afoga nas lágrimas do amargurado;
Se levantar torna-se difícil;
O peso do mundo nas costas;
Faz-te pensar ser impossível;
Falhar e olhar para trás, envolve mais que coragem;
Trata-se de perdão, em meio a tanta sacanagem;
Perdão consigo mesmo, mais difícil se torna;
O tempo passa cruelmente enquanto martírio se forma;
As dores e o esquecimento, que outrora me incomodavam;
Hoje são quem me confortam;
Continuidade e rotina, norteiam a angustia de um sofrimento;
Um a um, meus momentos, minhas lembranças, eu jogo no limbo do esquecimento;
Culpa, mágoa, tristeza e solidão, tomam minha alma e meu coração;
Me jogo no profundo abismo, escuro e cheio de confusão;
E então vejo algo ao além;
Se trata da luz da reflexão;
Sabedoria, maturidade, reflexos de uma mente cheia de perturbação;
Contraditório e sem sentido, tentando seguir o caminho do auto perdão;
Fábulas aleatórias contadas aos ventos;
Lições indagadas, compartilhadas e aprendidas, perdidas com o tempo;
Razões do ser, do ter, confundidas com o soar da fúria tempestuosa;
Dos interesses escusos de uma voz impiedosa;
Ecoam nos vales profundos do silêncio dizendo uma só palavra;
“Perdoe-se”;
O levantar das vibrações estrondam perante as rochas da escuridão;
Enquanto as vozes externas te empurram de volta à solidão;
Julgam, entristecem e desencorajam a se reerguer;
Busca-se uma força que nem mesmo sabe-se a origem;
Escapando da vertigem, emergindo do poço das tormentas;
Processo moroso, sinuoso, onde não há tempo de ser saudoso;
O mundo, escuro e tortuoso, nos olha de forma crítica e maléfica;
Pensando em como nos colocar no limbo, ou em suas mazelas;
E somente nós poderemos encontrar a luz;
Ou brilhar por conta própria;
Encontrar a luz em alguém através do perdão;
Ou ser sua própria luz, por meio do auto perdão;
Eu me perdoou por ser quem eu sou;
Eu sou minha essência;
Eu sou original;
Eu peço desculpas, por não querer mudar;
Ou perderei minha própria luz em meio às trevas que me cercam.