Facetas da justiça

Falar baixinho

Ou pensar no silêncio

Sentir o toque

Que camufla meu querer

No entardecer

Ou na hora matinal

Flutuar na cegueira

Sem poder ver o obvio

Falas, falas e falas,

Onde estão vocês?

Comove-me se puder

Não me lamente

Não me sustente

Sou feito de fibra

E na liberdade proclamo

O meu sonho

O meu caminho

Que faço desse

Longo desabafo

Meu pergaminho.

Sorrateiro estou

Nessa busca constante

Do florescer

Nos jardins da honestidade

A pouca esperança

Entre poucos que favorecem

Ou desfavorecem a justiça.

Justiça quem é você?

É alguém desconhecida

Uma luz que não ascende

Uma vela sem fogo

Palavras sem sentido

Levam minha curiosidade

A despertar a vontade

De ser sem poder,

Mas sem justiça

Sempre serei sem poder.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 17/05/2008
Código do texto: T992833
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