Facetas da justiça
Falar baixinho
Ou pensar no silêncio
Sentir o toque
Que camufla meu querer
No entardecer
Ou na hora matinal
Flutuar na cegueira
Sem poder ver o obvio
Falas, falas e falas,
Onde estão vocês?
Comove-me se puder
Não me lamente
Não me sustente
Sou feito de fibra
E na liberdade proclamo
O meu sonho
O meu caminho
Que faço desse
Longo desabafo
Meu pergaminho.
Sorrateiro estou
Nessa busca constante
Do florescer
Nos jardins da honestidade
A pouca esperança
Entre poucos que favorecem
Ou desfavorecem a justiça.
Justiça quem é você?
É alguém desconhecida
Uma luz que não ascende
Uma vela sem fogo
Palavras sem sentido
Levam minha curiosidade
A despertar a vontade
De ser sem poder,
Mas sem justiça
Sempre serei sem poder.