Ah! O tempo...
Ah! O tempo...
O relógio marca as horas que não voltarão jamais.
A forma como as coisas acontecem é muitas vezes imprevisível.
Nossas atitudes impensadas geram conseqüências desiguais.
O que esperamos acontecer, então, torna-se desprezível.
Ah! Se pudéssemos voltar no tempo!
Analisar cada ato impensado e refaze-lo,
Corrigir as arestas deixadas causando pranto,
Amenizar as dores e sofrimentos com muito zelo.
Mas o tempo, esse cruel cavalheiro,
Que acelera e tudo vai deixando para traz,
Mostra-nos que o aqui e o agora passageiro
Precisa ser vivido intensamente em busca da paz.
Um olhar atravessado, uma cara fechada,
Um beijo recusado, uma palavra não proferida,
Deixar de estendera mão e partilhar a vida,
Dar de ombros a quem precisa aliviar sua ferida.
Tudo isso é presente que passa.
Nova chance, talvez, não aconteça.
Arrepender-se, por certo, ainda abraça,
Possibilidade de reconstrução, não se esqueça.