Olhos que sentem

A respiração devagar

Desfez um pouco

Depois de entender

O paralelo longínquo

Entre o desengano

E a cordialidade

Sorriso e prazer

Luz clareando a retaguarda

E a vontade de conhecer.

São detalhes subjetivos

Fragmentando o sonho

A visão alargada

Pela desobediente

E torpe curiosidade

Quem dera ser

Um vidente atônito

Para não aguçar

A vontade atada.

Reflexo da humildade

Serenidade no querer

Soluço no concordar

E sentido no avanço,

Embora reconheça

Que a iluminação natural

Desloca o olhar

Mas condensa o pensar

A imaginar o que é

E o que não é

Diante do todo que os olhos

Podem sentir.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 18/04/2008
Código do texto: T951124
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