Silencio marcante
O olhar que atrai
Desfaz a barreira
Que o corpo conserva,
Porém na dimensão
Que as curvaturas
Florescem o foco,
O desejo desencanta
E obriga a vontade
Camuflar a excitação.
Não basta ceder
Ou procurar o caminho
E entender o odor
Que aflora o selinho
Nas partes extremas,
Onde desenvolve
A somatória do pensar
Na esquina da vida
E na estrada do desejo.
Quando a essência
Fala mais alto
O que era só desejo
Dá espaço ao real
E a estimativa da vida
Celebra o encontro ideal
No silencio do céu
Ou no quarto do hotel
Freqüentando a marcante
Sensação de desabar
Na nova experiência.