Prisão desaguada
Queria poder
Sentir todas as imaginações
E perceber o gosto
Imensurável de ambas
Para dilacerar o silencia
Preso dos arredores
Do coração amargurado
Por tantas indiferenças
Frustradas e amedrontadas
Pelo suor da timidez
Que trafega no peito
Dos medrosos por natureza.
Um medo do invisível
O assombro do intangível
A subjetividade solta
Esclarecendo a virtude
Que condena tal emoção,
A viver confrontado
Com o teor do coração.
A vontade não é o gosto
Que pode filtrar
O desejo sem sossego
E sim o desaguado
E rastreado sofrimento
Implantado no ser
Ou digerido na vida
Encurtando os passos
De quem quer conhecer
O mundo sem amarras.