Olhar meloso

O preto que veste

Acrescenta o calor

E nesse vai e vem

As sensações suscitam

Com freqüentes suspiros

De cansaço remoto,

Entretanto a sonolência

Que desapega o querer

Desfaz o que deseja

E sobra o pensar manso.

Olhar marejado

Ponta do dedo

Fazendo-se sem perceber

Embora reconheça

Que isso parece

Não espremer

A lição do pensamento.

Hora, hora momento

Se fizeste de rogado

Para alinhar o desalojado

Das noites solteiras

E o sonhar seresteiro

Do luar sem lua

Apenas o folclore

Da escuridão

E o acompanhar

Da estação feita.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 26/03/2008
Código do texto: T917438
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