Olhar meloso
O preto que veste
Acrescenta o calor
E nesse vai e vem
As sensações suscitam
Com freqüentes suspiros
De cansaço remoto,
Entretanto a sonolência
Que desapega o querer
Desfaz o que deseja
E sobra o pensar manso.
Olhar marejado
Ponta do dedo
Fazendo-se sem perceber
Embora reconheça
Que isso parece
Não espremer
A lição do pensamento.
Hora, hora momento
Se fizeste de rogado
Para alinhar o desalojado
Das noites solteiras
E o sonhar seresteiro
Do luar sem lua
Apenas o folclore
Da escuridão
E o acompanhar
Da estação feita.