PARA ISSO, PARAÍSO
Mas como?
Resistir a mil emboscadas
Vitórias caricatas, vida à fora
Destino contrário, orgia das horas
Onde a exentricidade da dor e do desejo
Formaliza enxertos de uma alienação comportamental
Emboscando terrivelmente nossos neófitos espíritos
Ritos, limbos, desajustes, mito do escravo encarnado
Bobos das Côrtes, senhorios açoites, todos servos colonizados
Lapsos da alma, jaulas, transgressões, rupturas, tradição e poder.
As filosofias das religiões
Esboçam do ser, este denso perfil
Cronológico refil de uma condição patética
De espetaculares convulsões ecléticas, calafrios
Corpos que sofreram tanto, portanto, "merecedores de um paraíso".
Na dança do que que é isso
Ódio, pesar, ressentimentos
Pueris condimentos das falsas caridades
Racional sentimento dos agressivos e daí!
Nossa finitude, clube dos abutres, nossa malignidade.