PARA ISSO, PARAÍSO

Mas como?

Resistir a mil emboscadas

Vitórias caricatas, vida à fora

Destino contrário, orgia das horas

Onde a exentricidade da dor e do desejo

Formaliza enxertos de uma alienação comportamental

Emboscando terrivelmente nossos neófitos espíritos

Ritos, limbos, desajustes, mito do escravo encarnado

Bobos das Côrtes, senhorios açoites, todos servos colonizados

Lapsos da alma, jaulas, transgressões, rupturas, tradição e poder.

As filosofias das religiões

Esboçam do ser, este denso perfil

Cronológico refil de uma condição patética

De espetaculares convulsões ecléticas, calafrios

Corpos que sofreram tanto, portanto, "merecedores de um paraíso".

Na dança do que que é isso

Ódio, pesar, ressentimentos

Pueris condimentos das falsas caridades

Racional sentimento dos agressivos e daí!

Nossa finitude, clube dos abutres, nossa malignidade.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 09/02/2008
Reeditado em 21/09/2011
Código do texto: T852541
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